sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O mesmo Inter, um novo modelo


O Convergência Colorada, depois de muito estudo, coleta de contribuições junto a profissionais de ponta do negócio futebol e colorados das mais diversas origens, traz a público seu plano de gestão que propõe um novo modelo de administração para o Internacional.

Nosso colorado, fruto de um continuado aumento de gastos no futebol, vive um momento de estagnação de um modelo diretivo e agravamento da sua situação financeira, alerta necessário que tenho feito tomando por base números que são públicos. Logo ali poderemos perder capacidade de investimento. Sei que não é uma afirmativa simpática, mas estou tranquilo por tê-la reportado fundamentadamente ao presidente do clube e ao Conselho Deliberativo.

Estamos propondo que o Inter passe a atuar em sua estrutura a partir da formação de um Conselho de Administração plural que defina grandes metas estratégicas do clube, cobre e fiscalize junto à diretoria executiva a implementação das ações voltadas para o resultado. Para enfrentar um mundo onde competidores como Flamengo e Corinthians no ano de 2015 devem receber cerca de R$ 100 milhões a mais de verba de TV, acreditamos ser vital a imediata adoção de práticas de governança corporativa hoje consagradas no ambiente empresarial que trabalham muitas vezes com orçamentos menores do que o do Internacional.

Não temos mais o direto de ter uma gestão fundamentada no voluntariado, ocupando espaços dos profissionais. A ordem contida no plano de gestão que oferecemos ao Inter é a retomada do planejamento estratégico abandonado, transparência financeira, investimento em tecnologia do esporte, medição de desempenho em todas as áreas, bem como ampliação e diversificação das fontes de receita. Temos que trabalhar para viabilizar e depois erguer um dos melhores centros de treinamento do mundo, valorizando nossa vocação formadora de atletas. Nosso sensacional quadro de sócios precisa de uma nova política mobilizadora que sacuda o Rio Grande para superar a estagnação e avançar rumo aos 200 mil integrantes. O complexo Beira-Rio é uma cidade que nos possibilita novas oportunidades que devem ser pensadas com visão estratégica.

Muito antes do que críticas, o que lançamos são desafios, para que tenhamos um novo modelo de gestão para o mesmo Inter, forte e vencedor no futebol.

*Artigo publicado originalmente na coluna "De Fora da Área" da Zero Hora de 23 de outubro.


Sandro Farias

Conselheiro do Internacional desde 1998, participante do Comitê de Finanças da Gestão 2000/2001, bem como assessor da vice-presidência de Finanças e da presidência desse período. Bacharel em Direito, Ciências Contábeis e com Pós Graduação em Finanças, atua na área de Direito Tributário. É sócio contribuinte e indicado candidato à presidência do Clube em 2010 e 2012. Primeiro coordenador-geral do Convergência Colorada no período de transição e atual coordenador. Liderou o processo interno de produção do Plano de Gestão 2011-2012 e 2013-2014.

Ainda pelo Clube, colaborou na elaboração e apresentação no Conselho do orçamento de 2000/2001, relatórios de Prestação de Contas do período e na elaboração de Caderno de Estudos fundamentando postulação junto a Conmebol e CBF dos critérios para a Mercosul 2000/2001. Em 2008 participou da Comissão Eleitoral e foi conselheiro da FECI para aquele biênio. Foi membro do Grupo de Planejamento Estratégico 2009-2019 do Inter e participou da elaboração do relatório sobre isenção de tributação municipal do projeto Gigante Para Sempre. 


Twitter: @SandroSFarias
Facebook: sandro.farias.50

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