quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Recomeço...

Por Leonardo Ligabue Cardoso, conselheiro do Sport Club Internacional

Toda mudança de treinador é um recomeço, um reinicio de trabalho ou, ainda, como no caso do INTER, um recomeço de planejamento, de ideias. Considero assim, pois Fernandão está demonstrando que tem um bom conhecimento do riscado, por suas mudanças e treinamentos. O time parece estar com mais consistência tática, tanto defensiva como ofensivamente, com um toque de bola interessante e algumas aproximações. O reinicio diz respeito a uma reestruturação de departamento, com a contratação de profissionais na área de preparação física, auxiliar técnico, diretoria executiva e, possivelmente, outros. 

Estas mudanças são praticamente um recomeço em meio à temporada, uma alteração profunda em toda uma política de futebol e conceitual com relação ao padrão do time. Com Dorival, o INTER não possuía nenhuma estrutura tática, e o trabalho de preparação física, claramente defasado, colocou em risco o patrimônio do clube, seus jogadores, a ponto do D’Alessandro estar com a terceira lesão muscular seguida! Perdemos o melhor preparador físico do Brasil. Não temos mais diretor executivo. Nosso treinador anterior não preenchia nenhuma das características exigidas para ser contratado e, atualmente, nos encontramos sem centroavante reserva, tudo em razão de uma política inexistente, ou quase inexistente, de futebol, desorganizada e que está refletindo justamente em um momento onde mais precisamos de ORGANIZAÇÃO.

Certamente que os erros cometidos devem servir de aprendizado, de parâmetro com vistas a evitar novas situações deste tipo. Não se limita este problema ao INTER, pelo contrário, todos os clubes passam por problemas semelhantes ou até mais graves, faltando a eles o PLANEJAMENTO que, algum tempo atrás, tivemos. Penso que o sucesso de um clube passa por uma implantação de conceitos fixos e organizados de futebol como um todo, passando pela escolha de uma comissão técnica perene e continuada, formada por profissionais pertencentes ao clube, agregando-se a ela apenas o treinador, nada mais. Ele seria contratado com direito a um auxiliar, devendo utilizar no restante a comissão do clube. O INTER já teve esta situação, que, equivocadamente acabou desmontada.

Tenho certeza que as mudanças hoje realizadas no departamento de futebol acabarão surtindo efeitos tais como a contratação do novo diretor executivo, a manutenção da comissão técnica pertencente ao clube, bem como um maior cuidado no tocante ao próprio grupo de jogadores, evitando a situação pela qual passamos, sem centroavantes no banco para repor o titular cedido à seleção olímpica.

Retornando aos jogos em si, em duas partidas o INTER já está mais organizado do que os quase 10 meses nas mãos do Dorival Júnior, me fazendo queimar a língua com o Fernandão, o qual está fazendo um bom trabalho na função de treinador.

Que siga assim, pois ídolo ele já é, dentro de campo, jogando. Torço para que nosso treinador, FERNANDÃO, também seja nosso ídolo como treinador, quero o TETRA este ano e confio em sua obtenção! VAMO QUE VAMO!

Texto publicado originalmente no blog Arena Vermelha

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