quinta-feira, 2 de junho de 2016

ESTATUTO NOVO, radioso de luz

SPORT CLUB INTERNACIONAL

Novo estatuto e nova política de administração do Clube de Futebol
nova eleição pra gestores e conselheiros

O Futebol na sua essência esportiva não sofre alterações. Suas regras de facílima percepção ao humano o transformaram no maior esporte praticado no planeta e, nas últimas décadas, além da prática esportiva, se transformou em negócio com enraizamento na economia mundial. 

Os Clubes se adaptaram a este esporte/negócio adotando várias formas empresariais e associativas. O Sport Club Internacional, por força da cultura da Torcida Colorada, neste contexto mundial, continua a ser entidade associativa. Os sócios comandam o Clube através do valor Democracia. Aos sócios cabe a escolha dos dirigentes. O Sport Club Internacional não é propriedade de  empresa ou de pessoa; não tem ações em bolsa de valores. 

O ideal sonhado e realizado por todos os Colorados, a partir dos irmãos Poppe, com a aprovação do novo estatuto, será buscado com um novo desenho administrativo.

A necessidade do alto nível de competitividade obrigou alterar a organização do Clube e de um ambiente que no passado permitia o voluntariado e o amadorismo na sua gestão passou à profissionalização nas diversas atividades que envolvem e decorrem do Futebol. Os  valores orçamentários em uma década aumentaram de forma quase exponencial.

Neste período, o Clube adotou medidas práticas de maior controle interno. Houve a publicação dos balancetes trimestrais; realização de planejamento estratégico. O debate anual no Conselho Deliberativo sobre a peça orçamentária se tornou mais técnico. 

Estes avanços foram conquistados por força da Democracia interna que acolhe o sócio como protagonista da escolha dos gestores. 

Agora o Clube incorporou para a sua organização interna os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência. 

Aspectos contemporâneos para administração do Clube estão regulamentados como ferramentas de gestão dentre as quais o planejamento estratégico, orçamento com rigidez técnica, transparência e controladorias.


A lei 13.155 (PROFUT) exige das associações esportivas a transparência financeira e administrativa; a moralidade na gestão desportiva; a responsabilidade social de seus dirigentes e a independência do Conselho Fiscal.  O Clube inovou no País com a representação da minoria neste importantíssimo órgão de controle interno. Regra alicerçada no conceito de governança corporativa.

A Torcida Colorada em menos de uma década aumentou seu quadro social da unidade para a centena de milhar e a remodelação do Estádio Beira-Rio mantendo-o como um Gigante, transformou cada partida em grande evento e para melhor atenção aos torcedores e aos Sócios Colorados se fez obrigatório  que a Ouvidoria se transformasse num órgão do Clube.   

Neste esporte coletivo que mexe com a paixão Colorada a tomada de decisão não pode ser individual. Decidir e/ou escolher é base para tudo. O Sport Club Internacional faz parte da elite mundial do Futebol e a representação esportiva do nosso time traz enorme responsabilidade aos gestores escolhidos democraticamente pelos associados. 

O Futebol tem um produto especialíssimo que é a paixão. É inexplicável. É subjetiva. Não pode ser fabricado numa linha industrial. A atividade fim do Clube é montar um time de atletas de alto rendimento, cuja performance conquiste os títulos perseguidos nos diversos torneios e competições. 
A legislação ordinária, dentre as quais se destacam o Estatuto do Torcedor, Lei Pelé e Profut e as demais regentes dos Clubes de  Futebol  exigem a responsabilidade fiscal. É o fair play financeiro já erigido como princípio pela FIFA.


Agora se impõem aos administradores dos clubes a responsabilidade civil e criminal na ocorrência da má gestão que envolve todos os atos das atividades decorrentes da formação de um time competitivo, tais como contratação de atletas, marketing,  transmissão e comunicação, gestão do estádio, relacionamento com torcedores e quadro social, licenciamento de marca, material esportivo, centro de treinamento e formação de atletas, relações com a área de saúde e fisiologia, etc.

Neste cenário de alta complexidade e extrema competitividade, foi exigido ao Clube, além de regulamentar ferramentas de gestão, a alteração do seu sistema diretivo. Processar informações e realizar decisões através dos dados gerados pelo Futebol e  negócios dele decorrentes não pode ser realizado por um só organismo concentrado na figura do presidente.

Foram muitas as sugestões no sentido de alterar o atual sistema concentrador por um conselho gestor com missão de planejar estrategicamente o que deve ser realizado pelo Clube.

O presidente do Clube será o Líder de um sistema diretivo cujas tomadas de decisões serão compartilhadas num Conselho de Gestão composto por ele e 4 vice-presidentes  e atribuir a execução desta multiplicidade de atos a outro nível executivo através das vice-presidências especializadas e diretores fiscalizados por terceiros via Conselho Fiscal, Controladorias, e Conselho Deliberativo.

Cada departamento terá seus executivos profissionalizados a fim de se preservar a continuidade dos projetos e procedimentos administrativos no decorrer do tempo, face à alternância dos representantes do Clube. 

Este modelo apresenta princípios da gestão contemporânea fundadas em governança corporativa e compliance e mantém o Clube com sua organização associativa fundamentada no princípio da democracia.

Um novo olhar político.

No final deste ano os sócios mais uma vez serão chamados para exercer a cidadania colorada para renovar sua representação no Conselho Deliberativo em 150 cadeiras. 

Salienta-se que os gestores políticos do Clube nascem deste importante órgão de representação dos sócios e, parafraseando a poesia, “renovar é preciso mas qualificar o CD também é preciso”

.

A boa escolha de hoje será a boa administração do futuro.

Os sócios escolherão democraticamente o primeiro Conselho de Gestão do Clube.

Será um momento singular  pois  o debate não estará centrado entre situação contra oposição.  

Os candidatos à presidência e vice presidências neste novo modelo de administração deverão apresentar planos ou programas de gestão de acordo com a nova estrutura política do Clube e, principalmente, uma visão e planejamento muito cristalino para o Futebol pois se trata de um Clube Gigante de uma Torcida Gigante que exige o protagonismo do Time em qualquer torneio ou competição.

Há muito o que ser feito e o novo Estatuto permite que todos os temas importantes do Clube fiquem na agenda de debate dos sócios para continuarmos na senda de vitórias.

Vitor Hugo Loreto Saydelles
Sócio colorado desde 1997, sob a matrícula nº 8970.00, é bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, advogando desde 1986. Conselheiro do Sport Club Internacional e Membro da Comissão Permanente de Assuntos Legislativos, Estatutários e Regimentais


“A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas”. Mario Quintana. 

Twitter: @vitorsaydelles

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