SPORT CLUB INTERNACIONAL
Novo estatuto e nova política de administração do Clube de Futebol
nova eleição pra gestores e conselheiros
O Futebol na sua essência esportiva não sofre alterações. Suas regras de facílima percepção ao humano o transformaram no maior esporte praticado no planeta e, nas últimas décadas, além da prática esportiva, se transformou em negócio com enraizamento na economia mundial.
Os Clubes se adaptaram a este esporte/negócio adotando várias formas empresariais e associativas. O Sport Club Internacional, por força da cultura da Torcida Colorada, neste contexto mundial, continua a ser entidade associativa. Os sócios comandam o Clube através do valor Democracia. Aos sócios cabe a escolha dos dirigentes. O Sport Club Internacional não é propriedade de empresa ou de pessoa; não tem ações em bolsa de valores.
O ideal sonhado e realizado por todos os Colorados, a partir dos irmãos Poppe, com a aprovação do novo estatuto, será buscado com um novo desenho administrativo.
A necessidade do alto nível de competitividade obrigou alterar a organização do Clube e de um ambiente que no passado permitia o voluntariado e o amadorismo na sua gestão passou à profissionalização nas diversas atividades que envolvem e decorrem do Futebol. Os valores orçamentários em uma década aumentaram de forma quase exponencial.
Neste período, o Clube adotou medidas práticas de maior controle interno. Houve a publicação dos balancetes trimestrais; realização de planejamento estratégico. O debate anual no Conselho Deliberativo sobre a peça orçamentária se tornou mais técnico.
Estes avanços foram conquistados por força da Democracia interna que acolhe o sócio como protagonista da escolha dos gestores.
Agora o Clube incorporou para a sua organização interna os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência.
Aspectos contemporâneos para administração do Clube estão regulamentados como ferramentas de gestão dentre as quais o planejamento estratégico, orçamento com rigidez técnica, transparência e controladorias.
A lei 13.155 (PROFUT) exige das associações esportivas a transparência financeira e administrativa; a moralidade na gestão desportiva; a responsabilidade social de seus dirigentes e a independência do Conselho Fiscal. O Clube inovou no País com a representação da minoria neste importantíssimo órgão de controle interno. Regra alicerçada no conceito de governança corporativa.
A Torcida Colorada em menos de uma década aumentou seu quadro social da unidade para a centena de milhar e a remodelação do Estádio Beira-Rio mantendo-o como um Gigante, transformou cada partida em grande evento e para melhor atenção aos torcedores e aos Sócios Colorados se fez obrigatório que a Ouvidoria se transformasse num órgão do Clube.
Neste esporte coletivo que mexe com a paixão Colorada a tomada de decisão não pode ser individual. Decidir e/ou escolher é base para tudo. O Sport Club Internacional faz parte da elite mundial do Futebol e a representação esportiva do nosso time traz enorme responsabilidade aos gestores escolhidos democraticamente pelos associados.
O Futebol tem um produto especialíssimo que é a paixão. É inexplicável. É subjetiva. Não pode ser fabricado numa linha industrial. A atividade fim do Clube é montar um time de atletas de alto rendimento, cuja performance conquiste os títulos perseguidos nos diversos torneios e competições.
A legislação ordinária, dentre as quais se destacam o Estatuto do Torcedor, Lei Pelé e Profut e as demais regentes dos Clubes de Futebol exigem a responsabilidade fiscal. É o fair play financeiro já erigido como princípio pela FIFA.
Agora se impõem aos administradores dos clubes a responsabilidade civil e criminal na ocorrência da má gestão que envolve todos os atos das atividades decorrentes da formação de um time competitivo, tais como contratação de atletas, marketing, transmissão e comunicação, gestão do estádio, relacionamento com torcedores e quadro social, licenciamento de marca, material esportivo, centro de treinamento e formação de atletas, relações com a área de saúde e fisiologia, etc.
Neste cenário de alta complexidade e extrema competitividade, foi exigido ao Clube, além de regulamentar ferramentas de gestão, a alteração do seu sistema diretivo. Processar informações e realizar decisões através dos dados gerados pelo Futebol e negócios dele decorrentes não pode ser realizado por um só organismo concentrado na figura do presidente.
Foram muitas as sugestões no sentido de alterar o atual sistema concentrador por um conselho gestor com missão de planejar estrategicamente o que deve ser realizado pelo Clube.
O presidente do Clube será o Líder de um sistema diretivo cujas tomadas de decisões serão compartilhadas num Conselho de Gestão composto por ele e 4 vice-presidentes e atribuir a execução desta multiplicidade de atos a outro nível executivo através das vice-presidências especializadas e diretores fiscalizados por terceiros via Conselho Fiscal, Controladorias, e Conselho Deliberativo.
Cada departamento terá seus executivos profissionalizados a fim de se preservar a continuidade dos projetos e procedimentos administrativos no decorrer do tempo, face à alternância dos representantes do Clube.
Este modelo apresenta princípios da gestão contemporânea fundadas em governança corporativa e compliance e mantém o Clube com sua organização associativa fundamentada no princípio da democracia.
Um novo olhar político.
No final deste ano os sócios mais uma vez serão chamados para exercer a cidadania colorada para renovar sua representação no Conselho Deliberativo em 150 cadeiras.
Salienta-se que os gestores políticos do Clube nascem deste importante órgão de representação dos sócios e, parafraseando a poesia, “renovar é preciso mas qualificar o CD também é preciso”
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A boa escolha de hoje será a boa administração do futuro.
Os sócios escolherão democraticamente o primeiro Conselho de Gestão do Clube.
Será um momento singular pois o debate não estará centrado entre situação contra oposição.
Os candidatos à presidência e vice presidências neste novo modelo de administração deverão apresentar planos ou programas de gestão de acordo com a nova estrutura política do Clube e, principalmente, uma visão e planejamento muito cristalino para o Futebol pois se trata de um Clube Gigante de uma Torcida Gigante que exige o protagonismo do Time em qualquer torneio ou competição.
Há muito o que ser feito e o novo Estatuto permite que todos os temas importantes do Clube fiquem na agenda de debate dos sócios para continuarmos na senda de vitórias.
Sócio colorado desde 1997, sob a matrícula nº 8970.00, é bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, advogando desde 1986. Conselheiro do Sport Club Internacional e Membro da Comissão Permanente de Assuntos Legislativos, Estatutários e Regimentais
“A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas”. Mario Quintana.
Twitter: @vitorsaydelles
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