Em função de atividades acadêmicas, estive duas semanas entre Espanha e Portugal, onde ouvi muita coisa em relação à situação dos clubes europeus que gostaria de compartilhar. O problema de gestão aliado à crise geral na Europa tem sido apontado de maneira muito forte. Os três principais clubes de Portugal - Benfica, Sporting de Lisboa e Porto - devem 400 milhões de euros ao sistema bancário. Apenas o Porto tem conseguido gerar um pouco mais de receitas, graças ao mercado de transferências, mas que não é solução de uma gestão sustentável.
O destaque vem do Sporting de Braga, que, mesmo não estando entre os três grandes, tem surpreendido pelo que tem conseguido de desempenho nas competições, tendo uma direção que vem adotando ações interessantes de gestão. E ambiciona mais.
Na Espanha, pelas notícias, a dívida dos clubes é ainda maior, chega a 600 milhões de euros. A crise da Espanha tem atingido muito os clubes que não ficarão livres dos ajustes do governo para tentar tirar o país da recessão. Eles terão que pagar suas dívidas até 2020. Caso contrário, serão expulsos da Liga de Futebol Profissional (LFP) e poderão se extintos. Do total da dívida dos clubes, 489 milhões de euros referem-se aos times da primeira divisão. A imprensa local relata que a maior dívida é a do Atlético de Madrid: 115 milhões de euros. Na segunda posição, aparece o Barça, com 84 milhões. O Real Madrid não tem dívidas com o governo espanhol.
No restante da Europa Ocidental, o Chelsea é quem se destaca por sua situação um pouco melhor, porém a era do dinheiro farto está com os dias contados. Os gastos com contratações têm sido muito reduzidos. Não é de estranhar que os jogadores estejam querendo jogar no Brasil. Diante desta situação, fico pensando muito no nosso Inter. Temos um caminho importante a ser traçado na área da gestão.
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