segunda-feira, 29 de agosto de 2011

POLARIZAÇÃO (OU ABISMO)


Por Mário Cesar Cassel, conselheiro do Sport Club Internacional

A imprensa esportiva brasileira (não ligada a Rede Globo) começa a despertar para o enorme abismo que começa a se desenhar nas mudanças dos direitos de transmissão (quota de TV) dos próximos campeonatos brasileiros a favor de Flamengo e Corinthians.

Uns falam em R$ 100 milhões/ano, outros R$ 110 milhões/ano, outros, ainda em R$ 114 milhões/ano para cada um dos dois clubes. Já o Presidente do Corinthians fala em R$ 130 milhões/ano. Em curto prazo, os reflexos serão danosos para os demais clubes.



O Clube dos 13 que negociava com a Rede Globo os direitos de transmissão do campeonato brasileiro nos anos anteriores, já vinha privilegiando alguns clubes de maior torcida no Brasil (e com o maior número de assinantes do sistema pay-per-view). Os clubes estavam distribuídos em grupos, com pagamentos anuais diferenciados:

1º grupo: R$ 21 milhões/ano – Flamengo, Vasco da Gama, Corinthians, Palmeiras e São Paulo;
2º grupo: R$ 18 milhões/ano – Santos;
3º grupo: R$ 15 milhões/ano – Inter, Grêmio, Cruzeiro, Atlético/MG, Fluminense e Botafogo.

Com a implosão do Clube dos 13, a negociação foi feita pela Rede Globo diretamente com os clubes. Existem muitas versões sobre os valores pagos. No entanto, o certo que eles vigorarão para os campeonatos de 2012, 2013, 2014 e 2015, e ficarão entre os seguintes valores:

1º grupo
: R$ 100, ou 110, ou 114 milhões/ano – Flamengo e Corinthians;
2º grupo: R$ 70, ou 78 milhões/ano – Santos, São Paulo, Palmeiras e Vasco da Gama;
3º grupo: R$ 46, ou 47 milhões/ano – Inter, Grêmio, Cruzeiro, Atlético/MG, Fluminense e Botafogo;
4º grupo: (R$ 30 milhões/ano) – Coritiba, Atlético-PR, Goiás, Portuguesa, Guarany, Sport, Bahia e Vitória;
5º grupo: (negociação ano a ano) – Avaí, Figueirense, Ceará, Atlético-GO e América-MG.

A esses valores some-se o patrocínio da PETROBRÁS com o Flamengo (existente há 25 anos), recentemente renovado por R$ 14,2 milhões/ano; leve-se em conta, ainda, o contrato (de 2010 a 2014) assinado pela Nike com o Corinthians, no valor de R$ 16,5 milhões/ano (mais 18% da venda de material esportivo com o nome clube).

A forma de negociação para o “brasileirão” foi muito astuta: ela começou com os clubes do 3º grupo que, ao passarem de R$ 15 milhões/ano para R$ 46 milhões/ano (aumento de mais de 200% em relação ao ano anterior), acharam que estavam fazendo um grande negócio e não se deram conta de que estavam, na verdade, “entrando numa fria”.

Posteriormente, continuou com os clubes do 2º grupo, que passaram de R$ 18 milhões/ano para R$ 78 milhões/ano (aumento de mais de 330% em relação ao ano anterior), que também acharam estar fazendo um grande negócio.

Finalmente, a liberdade de negociar (ou privilegiar) com o Flamengo e Corinthians.

Dentro de alguns anos (é possível) estaremos no 4º grupo e, mais adiante (ainda), no 5º. Em 40 anos, nossos descendentes estarão torcendo pelo Flamengo ou pelo Corinthians. Vide o que aconteceu com o futebol gaúcho do meio do século passado, a seguir.

Até o final da década de 50 (início da década de 60) do século passado, para cidades longínquas de Porto Alegre (eu morei em Uruguaiana e São Borja), era quase impossível sintonizar emissoras da capital. No entanto, o mesmo não acontecia com as emissoras do Rio de Janeiro (rádios Nacional e Tupi) e São Paulo (Rádio Tupi). Essas emissoras “entravam” muito bem nos receptores do interior gaúcho – juntamente com as emissoras “porteñas”.

Isso facilitava o conhecimento das equipes cariocas e paulistas, além de seus jogadores; ainda o fato das seleções nacionais serem formadas somente por atletas desses dois Estados. Santos e Botafogo eram os dois grandes clubes brasileiros.

Tudo isso condicionava as pessoas a se interessarem (talvez, até torcerem) por clubes do centro do país. Os “times de botão/futebol de mesa” da gurizada, invariavelmente, tinham nomes desses clubes (o “meu” era o Flamengo).

No entanto, a grande paixão eram os clubes de suas cidades. Rio Grande, São Paulo e Rio-Grandense (em Rio Grande), Ferro-Carril, Uruguaiana e Sá Viana (em Uruguaiana), Brasil, Pelotas e Farroupilha (em Pelotas), Riograndense e Internacional (em Santa Maria), Flamengo e Juventude (em Caxias), 14 de Julho e Gaúcho (em Passo Fundo), Cruzeiro e Internacional (em São Borja), dividiam os adeptos do futebol de suas cidades.

Até cidades menores tinham clubes com sua fiel torcida (Taquarense, Taquariense, Lajeadense, Avenida, Santa Cruz, Montenegro, Estrela). Na época, poucos do interior torciam pela dupla Gre-Nal.

A partir dessa década de 60, com as emissoras da capital passando a ter maior potência (Farroupilha, Difusora, Gaúcha e, posteriormente, a Guaíba), a situação começa a mudar, passando a pender para os clubes da capital. Aos poucos, os clubes do centro do país são esquecidos e começa a “grenalização” dos adeptos do futebol gaúcho. Os clubes do interior começam a ficar em segundo plano, mesmo porque não conseguem acompanhar a profissionalização existente no esporte.
Nos dias atuais, amigos de Novo Hamburgo afirmam que o clube da cidade tem torcida ao seu favor de gremistas quando joga contra o Internacional (e vice-versa). Quando joga contra outros clubes, quase ninguém vai ao estádio.


FUTEBOL EUROPEU
Todas as “ligas”, com exceção da espanhola e da italiana, negociam os direitos de TV de forma coletiva, com regras bem claras e transparentes, para que não se crie distorções gigantescas entre as equipes. Na Espanha há uma enorme diferença entre os dois maiores clubes do país (Real Madrid e Barcelona) em relação aos outros. Os dois clubes levantaram 23 campeonatos espanhóis nas últimas 26 edições do mesmo (FUTEBOL FINANCE, 2010).

A mesma fonte cita os 10 maiores faturamentos dos clubes europeus quanto aos direitos de TV para a temporada de 2009-2010:

Barcelona (ESP)-----------------€ 140 milhões/ano;

Real Madrid (ESP)---------------€ 140 milhões/ano;

Internazionale (ITA)------------€ 75 milhões/ano;

Milan (ITA)-----------------------€ 75 milhões/ano;

Juventus (ITA)-------------------€ 75 milhões/ano;

Manchester United (GBR)-----€ 58,2 milhões/ano [1º colocado ano anterior];

Liverpool (GBR)------------------€ 56,2 milhões/ano [2º colocado ano anterior];

Chelsea (GBR)--------------------€ 53,9 milhões/ano [3º colocado ano anterior];

Arsenal (GBR)--------------------€ 52,5 milhões/ano [4º colocado ano anterior];

Everton (GBR)--------------------€ 50,6 milhões/ano [5º colocado ano anterior].

Nos campeonatos da Espanha e da Itália a diferença entre os que mais recebem e os que menos recebem ultrapassam 50%.

Nos campeonatos da Inglaterra, da França e da Alemanha a diferença entre os que mais recebem e os que menos recebem não ultrapassam 50%.
ESPANHA
O Campeonato Espanhol vem sendo realizado desde 1928, havendo até hoje apenas nove clubes que venceram as 80 edições do mesmo (o Brasil, desde 1971, tem 13). De 1936 a 1938, em vista da Guerra Civil naquele país, não foram realizados os campeonatos respectivos.

Os vencedores são: Real Madrid (31 títulos), Barcelona (21), Atlético Madrid (9), Atlético Bilbao (8), Valencia (6), Real Sociedad (2), La Coruña (1), Sevilla (1) e Real Betis (1).

Com a criação de “LA LIGA”, a partir da temporada 1971-1972, começa uma nova era no futebol espanhol. Os anos vão passando e os clubes começam a negociar diretamente os direitos de transmissão de seus jogos. Os “direitos” são comprados anualmente pela ESPN (com um aumento médio de 8% de um ano para outro).

E aí começa o abismo hoje existente entre Real Madrid e Barcelona em relação aos demais: enquanto Real Madrid e Barcelona recebiam € 140 milhões/cada na temporada 2009-2010 (mais de 50% do total dos “direitos”), Atlético de Madrid (em 1974 foi campeão intercontinental) e Valencia receberam 40,5 milhões/ano. Os demais 18 clubes, em média, recebem € 11,8 milhões/ano/cada. O “pequeno” Xerez recebia menos de 8% da quantia recebida pelos dois maiores. Da temporada 2004-2005 até a recém finda 2010-2011, Barcelona e Real Madrid receberam um total de € 836 milhões, de um total de € 1,6 bilhão.

Das 40 edições disputadas de 1971 (ano da criação de “La Liga”) até os nossos dias, o Real Madrid venceu 17, enquanto o Barcelona vencia 13 (totalizando 30 campeonatos em 40 edições). Os dois clubes foram “furados” pelo Atlético de Madrid [3X, 1972-73, 1976-77 e 1995-96], Atlético Bilbao [2X, 1982-83 e 1983-84], Valencia [2X, 2001-02 e 2003-04], Real Sociedad [2X, 1980-81 e 1981-82] e La Coruña [1999-2000].

A relação entre o 1º e o 4º colocados nas últimas três temporadas é alarmante:

2008-2009: 1º, Barcelona/87 pontos; 2º, Real/78; 3º, Sevilla/70; 4º, Atlético Madrid/67;

2009-2010: 1º, Barcelona/99 pontos; 2º, Real/96; 3º, Valencia/71; 4º, Sevilla/63;

2010-2011: 1º, Barcelona/96 pontos; 2º, Real/92; 3º, Valencia/71; 4º, Villareal/62.

É de pasmar que nas últimas 26 edições de “La Liga” (com a disparidade, a cada ano, se tornando cada vez maior) os dois clubes venceram 23 vezes!... Destaque, também, para a diferença de pontos entre o campeão e os terceiros e quartos colocados.

Nos últimos 20 anos da Champions League (antigamente Copa dos Clubes Campeões da Europa, depois UEFA Champions League) esses dois clubes venceram 7 vezes: o Barcelona, 4 vezes (1991-92, 2005-06, 2008-09 e 2010-11), enquanto que o Real Madrid, 3 vezes (1997-98, 1999-00, 2000-01).

No Campeonato Mundial Interclubes: Barcelona (2009).

Pela Copa Intercontinental: Real Madrid (3X, 1960, 1998 e 2002).

Em contrapartida, alguns clubes estão “acabando”: em 2004, o Las Palmas entrou em falência; Levante, Santander e Real Sociedad estão próximos disso; o Valencia, nos últimos anos, acumulou dívidas de (incríveis) € 550 milhões.

No entanto, este quadro parece que chegará a um fim!...

Em vista da intensa pressão (clubes, torcedores, políticos, imprensa, etc.), Real Madrid e Barcelona concordaram em diminuir suas receitas (em cerca de 24% do que recebiam), a vigorar a partir da próxima temporada.


ITÁLIA
O primeiro campeonato italiano foi realizado em 1898. De lá para cá, foram disputadas 109 edições. Não houve campeonato nas temporadas de 1916-17, 1917-18, 1918-19 (I Guerra Mundial), 1943-44 e 1944-45 (II Guerra Mundial). O título de 2004-05, em vista de comprovadas “falcatruas”, foi tirado da Juventus (que, até, foi rebaixada por isso), ficando o “scudetto” sem dono nessa temporada.

Na Itália a situação era muito semelhante à Espanha. No caso, eram três os clubes privilegiados pelos direitos de transmissão pela TV: Juventus, Milan e Internazionale. Os “direitos” são comprados anualmente pela Empresa MEDIASET.

Na temporada 2008-2009, dos € 2,1 bilhões negociados com os 42 clubes [1ª Divisão, com 20 clubes, e 2ª Divisão, com 22], os três clubes embolsaram € 75 milhões/cada (€ 225 milhões do total).

Desde a década de 70, essas vantagens para “La Vecchia Signora”, os “Rossoneri” e os “Nerazurri” vem aumentando ano a ano. Os títulos acompanham essa evolução.

Em 40 anos, 32 “scudetti” para o “trio privigeliado”: Juventus (15), Milan (9) e Internazionale (8). Os outros vencedores nesse período: Lazio, 2 vezes (1973-74 e 1999-00), Roma, 2 vezes (1982-83 e 2000-01), Napoli, 2 vezes (1986-87 e 1989-90) e Torino (1975-76) – um invalidado da Juventus, na temporada 2004-2005.

A relação entre o 1º e o 4º colocados nas últimas três temporadas é alarmante:

2008-2009: 1º, Inter/84 pontos; 2º, Juventus/74; 3º, Milan/74; 4º, Fiorentina/68;

2009-2010: 1º, Inter/82 pontos; 2º, Roma/80; 3º, Milan/70; 4º, Sampdoria/67;

2010-2011: 1º, Milan/96 pontos; 2º, Inter/76; 3º, Napoli/70; 4º, Udinese/66.

No mesmo período, na Champions League (antigamente Copa dos Clubes Campeões da Europa, depois UEFA Champions League) esses três clubes venceram 8 vezes: Milan (5X), Juventus (2X) e Juventus (1X).

No Campeonato Mundial Interclubes: Milan (2007) e Juventus (2010).

Pela Copa Intercontinental: Milan (3X, 1969, 1989, 1990), Internazionale (2X, 1964 e 1965) e Juventus (2X, 1985 e 1996).

Para a próxima temporada italiana, com intervenção do Ministério dos Esportes – que ficou preocupado com as vantagens para esses três clubes, o modelo de distribuição mudará:

- 40% do total, agora, serão rateados entre todos;

- 30% do total, agora, serão rateados conforme a classificação da temporada anterior;

- 30% do total, agora, serão rateados de acordo com o tamanho da torcida.


INGLATERRA
O campeonato inglês é o mais antigo de todos. A Football League era a entidade máxima de seu futebol e dirigiu a 1ª Divisão do futebol bretão da temporada de 1898-1899 até 1991-1992 (104 anos). Agora, ela dirige a 2ª Divisão, enviando os três primeiros colocados à Premier League e recebendo os três últimos desta.

Em 1992 foi fundada a Barclays Premier League, mais conhecida como Premier League (cujo patrocinador é o Barclays Bank), que passou a dirigir os 20 clubes da 1ª Divisão. A negociação é coletiva, ficando os “direitos” com a ESPN, a BSkyB e a BBC.

Os “direitos” são os mais bem pagos da Europa, ficando assim distribuídos:

- 50% do total são divididos entre os 20 clubes participantes;

- 25% do total são distribuídos pelo desempenho na temporada anterior;

- 25% do total são distribuídos entre as equipes com maior audiência.

Para a temporada 2009-2010, tendo como parâmetro a temporada anterior, os clubes receberam:
- Manchester United, € 58,2 milhões [1º colocado ano anterior];
- Liverpool, € 56,2 milhões [2º];
- Chelsea, € 53,9 milhões [3º];
- Arsenal, € 52,5 milhões [4º];
- Everton, € 50,6 milhões [5º];
- enquanto isso, o “pequeno” Middlesbrough recebeu € 37,5 milhões.

Em 2010 houve acerto para as três próximas temporadas: 2010-11 (recém finda), 2011-12 e 2012-13, por € 893 milhões/ano.

Pela Premier League foram disputadas até agora 19 temporadas, havendo apenas 4 clubes campeões: Manchester United (12X, 1992-93, 1993-94, 1995-96, 1996-97, 1998-99, 1999-2000, 2000-01, 2002-03, 2006-07, 2008-09 e 2010-11; Arsenal (3X, 1997-98, 2001-02 e 2003-04); Chelsea (3X, 2004-05, 2005-06 e 2009-10; Blackburn Rovers (1x, 1994-95).

Destaque-se que o Manchester United foi campeão britânico por 18X, sendo 12X campeão nos 19 anos da Premier League; por sua vez, o Arsenal conquistou o título por 13X, apenas 3X nesse período; o Chelsea foi campeão do país por 4X, 3X nesse período; o Blackburn Rovers chegou 3X ao título, 1X nesse período.

A relação entre o campeão e o 4º colocado nas últimas três temporadas é bem mais próxima:

2008-2009: 1º, Manchester United/90 pontos; 2º, Liverpool/86; 3º, Chelsea/83; 4º, Arsenal/72);

2009-2010: 1º, Chelsea/86 pontos; 2º, Manchester United/85; 3º, Arsenal/75; 4º, Tottenham/70);

2010-2011: 1º, Manchester United/80 pontos; 20, Chelsea/71; 3º, Manchester City/71; 4º, Arsenal/68.

No mesmo período, na Champions League (antigamente Copa dos Clubes Campeões da Europa, depois UEFA Champions League): Manchester United (2X, 1998-99 e 2007-08) e Liverpool (2004-05).

No Campeonato Mundial Interclubes: Manchester United (2008).

Pela Copa Intercontinental: Manchester United (1999).


FRANÇA
O campeonato francês teve sua primeira edição na temporada 1932-1933. Nos anos de conflito da II Guerra Mundial, entre 1939 a 1945, 6 edições não foram realizadas. Portanto, até a temporada passada (2010-2011) foram disputados 72 campeonatos.

Esse campeonato é dirigido pela Ligue 1 (até 2002, era conhecida como Division 1), que foi criada quando do início das disputas.

A partir da temporada 1970-1971 começam os primeiros contratos de “direitos” televisivos. Eles passam a crescer, paulatinamente, nos anos subseqüentes.

Esses “direitos” de TV são negociados em conjunto. O último contrato foi assinado por três temporadas (2009-10, 2010-11 e 2011-12) com duas emissoras: CANALPLUS e ORANGE.

Ele prevê:

- 50% do total são divididos entre todos os clubes;

- 30% do total são distribuídos conforme resultados da temporada anterior;

- 20% do total são distribuídos conforme audiência.

Na temporada 2009-2010, em vista do resultado do campeonato da temporada anterior (mais os índices de audiência), o Olympique de Marseille faturou € 48 milhões/ano; o Bordeauxz, € 45 milhões/ano e o Lyon, € 44 milhões/ano.

A relação entre o 1º e 4º colocados nas últimas três temporadas apresentou:

2008-09: 1º, Bordeaux/80 pontos; 2º, Olympique/77; 3º, Lyon/71; 4º, PSG/64;

2009-10: 1º, Olympique/78 pontos; 2º, Lyon/72; 3º, Auxerre/71; 4º, Lille/70;

2010-11: 1º, Lille/76 pontos; 2º, Olympique/68; 3º, Lyon/64; 4º, PSG/60.

Nos últimos 41 campeonatos (com o advento da venda dos “direitos”) tivemos 40 campeões (na temporada 1992-93, devido a “falcatruas”, o Olympique de Marseille perdeu o título conquistado e foi cumprir pena de 2 anos na 2ª Divisão):

- Olympique de Marseille, 7 títulos (1970-71, 1971-72, 1988-89, 1989-1990, 1990-91, 1991-92 e 2009-10);
- Lyon, 7 títulos (2001-02, 2002-03, 2003-04, 2004-05, 2005-06, 2006-07 e 2007-08);
- Nantes, 6 títulos (1972-73, 1976-77, 1979-80, 1982-83, 1994-95 e 2000-01);
- Mônaco, 5 títulos (1977-78, 1981-82, 1987-88, 1996-97 e 1999-2000);
- Bordeaux, 5 títulos (1983-84, 1984-85, 1986-87, 1998-99 e 2008-09);
- Saint Étienne, 4 títulos (1973-74, 1974-75, 1975-76 e 1980-81);
- PSG – Paris Saint Germain, 2 títulos (1985-86 e 1993-94);
- Outros: Strasbourg (1978-79), Auxerre (1995-96), Lens (1997-98) e Lille (2010-11).

Na Champions League, apenas o Olympique de Marseille conquistou um título (em 1992-93), mas não pode participar da Copa Intercontinental em vista de punição da FFF (o Milan – segundo colocado foi, em seu lugar, perdendo para o São Paulo).


ALEMANHA
O campeonato alemão é dividido em dois períodos:

- o primeiro, pré-BundesLiga, de 1903 até 1963;

- o segundo, da BundesLiga, da temporada 1963-1964 até a temporada recém finda (os clubes da antiga Alemanha Oriental estrearam na BundesLiga a partir da temporada 1991-1992).

Os principais vencedores dos 47 campeonatos disputados na BundesLiga: Bayern Munique (21X); Borussia Mönchengladbach (5X); Borussia Dortmund (4); Werder-Bremen (4X); Stuttgart (3X); Hamburg (3X); Köln (2X) e Kaiserslautern (2X); outros (3).

A negociação dos “direitos” televisivos é feita em conjunto. O último contrato foi assinado por três anos, abrangendo as temporadas 2010-2011, 2011-2012 e 2012-2013. A empresa que possui os “direitos” é a PREMIER AG. O percentual de 70% fica para os 18 clubes da 1ª Divisão e 30% para os 18 da 2ª Divisão.

Na 1a Divisão o “bolo” é repartido da seguinte forma: 50% do total são divididos entre todos os 18 clubes; os outros 50% são distribuídos de acordo com a classificação na temporada anterior e índices de audiência.

Nas três últimas temporadas a classificação do campeonato foi mais bem distribuída:

2008-2009: 1º Wolfsburg/69 pontos; 2º, Bayern München/67; 3º, Stuttgart/64; 4º, Herta Berlin/63;

2009-2010: 1º, Bayern München/70 pontos; 2º, Schalke04/65; 3º, Werder-Bremen/61; 4º, Bayern Leverkusen/59;

2010-2011: 1º, Borussia/65 pontos; 2º, Bayern Leverkusen/58; 3º, Bayern München/51; 4º, Hannover/50.

Na temporada 2010-2011, tendo em vista a classificação, mais os índices de audiência do campeonato anterior: Bayern München recebeu € 30 milhões/ano; o Schalke 04 recebeu € 29 milhões/ano; e os demais clubes (16) € 20 milhões/ano

Na Champions League (antigamente Copa dos Clubes Campeões da Europa, depois UEFA Champions League) Bayern München, 4 títulos (1973-74, 1974-75, 1975-76 e 2000-01); Borussia Dortmund (1996-97) e o Hamburg (1982-83).

Pela Copa Intercontinental: Bayern München, 2X (1976 e 2001); Borussia Dortmund (1997).

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