segunda-feira, 26 de abril de 2010

Chegou o reforço que faltava para o BI da América

O nome dele é TERROR.
Polivalente, aparece em todas as posições do campo – neste momento, até na arquibancada.
É guerreiro: não desiste nunca. Está sempre à espreita. Costuma marcar ferozmente dirigentes e comissão técnica. Não desfruta de bom prestígio entre a torcida, mas é responsável por mobilizá-la nas piores horas.
É ruim de negociação e faz altas exigências para assinar contratos. Para jogar no Inter, TERROR exigiu um título de Gauchão e uma fiasqueira medonha diante de um Beira Rio lotado. Só de sacanagem, incluiu no contrato uma cláusula demandando a cabeça de Fossati. A direção resiste a esse último ponto – sabe que, às vezes, é preciso dizer não ao TERROR.
Conversei com alguns personagens históricos do clube para obter um pouco mais de referências sobre esse tal de TERROR. O técnico Abelão, por exemplo, derramou-se em elogios: "Tudo que conquistei na vida eu devo ao meu companheiro TERROR". Rafael Sóbis foi mais comedido: "Ele me ensinou a diferença entre a goleira e o placar eletrônico". O único que menosprezou o novo reforço do Inter, por incrível que pareça, foi o próprio Fernando Carvalho. Para ele, não havia razões para o TERROR voltar ao Inter.
Mas as melhores referências sobre o TERROR sugiram na minha conversa com 2006. Vocês sabem: sou um grande amigo de 2006. A rigor, eu e 2006 somos como dois velhos ranzinzas, daqueles que conversam rosnando e dividem cerveja quente. Perguntei o que ele achava da contratação do TERROR pelo Inter. Ele me olhou de soslaio, com os olhos já embaçados pela catarata – está velho, 2006 – e então sorriu. Simplesmente sorriu.
Fiquei satisfeito com a reação do meu amigo 2006. Mas então ele, sacana como sempre, fez uma ressalva:
-- É preciso lembrar que a única vez em que o TERROR fez uma boa temporada ele formava dupla com outro excelente jogador.
-- Qual? - perguntei, engolindo a cerveja.
-- Aquele: o SERIEDADE.
-- Ah...
Fiquei quieto por um tempo. Depois levantei e fui buscar outra cerveja quente pensando que a idade está deixando 2006 cada vez mais corneteiro.

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